Mais de 70 tartarugas nascem na Praia do Bessa, em João Pessoa


População pôde acompanhar nascimento de 78 tartarugas da espécie Eretmochelys imbricata, que está ameaçada de extinção. Nascimento de tartarugas é registrado na Praia do Bessa, em João Pessoa
Divulgação/Associação Guajiru
Na tarde desta quinta-feira (16), 78 tartarugas da espécie Eretmochelys imbricata, mais conhecida como Tartaruga-de-pente, nasceram na Praia do Bessa, em João Pessoa. A informação foi divulgada pela ONG Guajiru, responsável pelo monitoramento da espécie.
Conforme a organização, a temporada de nascimento das tartarugas acabou de começar e voluntários estão acompanhando outros ninhos, vistoriados de forma diária.
A taxa de sobrevivência das tartarugas, segundo a ONG Guajiru, gira em torno de 1 a 2% dos ovos, o que torna o trabalho de monitoramento ainda mais importante para garantir a preservação da espécie.
A população pode acompanhar os detalhes sobre os nascimentos e ações de limpeza das praias por meio das redes sociais da organização.
LEIA TAMBÉM:
Ninho de tartaruga é flagrado com lixo em praia de João Pessoa
“A gente contou com a presença do público e esse momento é importante para sempre sensibilizar as pessoas. Aqui nas nossas praias do Litoral paraibano, a gente tem a desova da espécie da Tartaruga-de-pente, tartaruga que está criticamente ameaçada de extinção a nível mundial, então é muito importante esse trabalho para a preservação”, disse a presidente da associação, Danielle Siqueira.
Ela explica ainda que, no Litoral da Paraíba, as tartarugas marinhas sentem o impacto da presença urbana na região costeira e são bastante afetadas pela iluminação artificial que desorientam os filhotes. Muitas vezes, eles acabam indo em direção contrária ao mar. “É por isso que nós interferimos, monitoramos e acompanhamos esses ninhos; para garantir que esses filhotes consigam chegar ao mar em segurança”, pontua.
A associação alerta que o lixo pode comprometer o desenvolvimento dos embriões das tartarugas. “Resíduos deixados nas telas de proteção dos ninhos, como plásticos, latas ou até mesmo restos orgânicos, criam barreiras que prejudicam a troca de calor e gases, fundamentais para o sucesso da incubação dos ovos”, informou a associação nas redes sociais.
Com a alta temporada, situações como essa são esperadas e a ONG Guajiru para que as pessoas leiam as placas e respeitem os ninhos. Segundo a presidente, mais de 40 ninhos são monitorados pela instituição.
Vídeos mais assistidos do g1 Paraíba
Adicionar aos favoritos o Link permanente.