Inquérito por prevaricação foi aberto nesta quinta-feira (16) e cinco médicos plantonistas são investigados. Entre as denúncias, está a do Sindicato dos Médicos, suspeito de estimular os profissionais a demorar no atendimento de pacientes. Prefeito acusa Sindicato dos Médicos de estimular profissionais de saúde a demorar no atendimento de pacientes em Rio Preto (SP)
Arquivo pessoal
A Polícia Civil abriu inquérito para investigar as denúncias de irregularidades na saúde pública em São José do Rio Preto (SP). O inquérito por prevaricação foi aberto nesta quinta-feira (16) e cinco médicos plantonistas são investigados.
📲 Participe do canal do g1 Rio Preto e Araçatuba no WhatsApp
Entre as denúncias, está a do Sindicato dos Médicos, suspeito de estimular os profissionais a demorar no atendimento de pacientes. O prefeito Fábio Candido (PL) registrou um boletim de ocorrência contra a presidente Merabe Muniz.
A mulher deixou o cargo de coordenadora da urgência e emergência da cidade. De acordo com ela, entretanto, os médicos, inclusive, têm atendido um número acima da média estabelecida na resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), de três pacientes por hora nos serviços de emergência.
O inquérito também investiga profissionais suspeitos de fraudar o sistema de ponto e não cumprir a jornada de trabalho nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Duas delas foram afastadas.
A prevaricação ocorre quando um funcionário público comete um crime contra a administração pública por interesse pessoal. As denúncias acontecem em paralelo com uma “explosão” de casos de dengue, com 848 registros em 2025, segundo a Secretaria de Saúde de SP.
Médicas afastadas
Prefeitura de Rio Preto desliga duas médicas que trabalham em UPAs após vazamento de áudio
Duas médicas que trabalhavam em UPAs do município foram afastadas, segundo a prefeitura, após um áudio ser compartilhado em um grupo nas redes sociais. No arquivo, elas expõem um suposto esquema de demora no tempo de atendimento dos pacientes. A informação foi confirmada pela administração municipal na terça-feira (14).
Em um trecho, as profissionais investigadas chegam a reforçar a prática para “acumular pacientes”.
“É só todo mundo atender três (pacientes) por hora, independente se está no ‘corujão’, se está cedo, se está no apoio, vai deixando acumular. Deixa acumular, vira uma bola de neve, porque se o diurno atender só três (pacientes) por hora e chegar o noturno e atender 20 (pacientes) por hora, daí não vai compensar, não vai valer de nada o que a gente tá tentando fazer, entendeu?”, diz a médica no áudio.
Segundo a prefeitura, elas foram desligadas após profissionais que comandam as apurações terem acesso à mensagem de voz. As médicas, que não tiveram o nome divulgado, foram contratadas por meio de um convênio da saúde pública com a Fundação Faculdade Regional de Medicina (Funfarme).
Veja mais notícias da região em g1 Rio Preto e Araçatuba.
VÍDEOS: confira as reportagens da TV TEM