O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou nesta quarta-feira (22) intensificar as sanções à Rússia e seus parceiros comerciais caso opresidente Vladimir Putin não aceite negociar o fim da Guerra da Ucrânia.
Em uma mensagem publicada na rede social Truth Social, o bilionário expressou sua posição em relação ao conflito, oferecendo uma proposta direta ao líder russo.
Trump afirmou que, se Putin não concordasse com um acordo rápido para encerrar a guerra, ele não teria outra escolha senão adotar medidas econômicas mais severas.
“PARE essa guerra ridícula. SÓ VAI FICAR PIOR. Se nós não fizermos um acordo, e rápido, eu não terei outra escolha senão colocar altos níveis de taxas, tarifas e sanções em qualquer coisa que seja vendida pela Rússia aos Estados Unidos e vários outros países participantes”, escreveu o presidente.
Em seguida, Trump fez questão de destacar a relação que tem com o presidente russo, afirmando ter um “relacionamento muito bom” com Putin e lembrando da aliança histórica entre os dois países durante a Segunda Guerra Mundial.
Contudo, o tom das ameaças deixou claro que sua paciência com o prolongamento do conflito havia se esgotado. Ele também sugeriu que faria um “grande FAVOR” a Putin, caso o presidente russo aceitasse negociar o fim da guerra.
A reação da Rússia não demorou a chegar, com o embaixador adjunto da Rússia na ONU, Dmitri Polianskii, rebatendo as ameaças do norte-americano.
Em suas declarações, Polianskii afirmou que o fim da guerra não poderia ser tratado como uma questão simples de cessar as hostilidades, mas sim de abordar as causas subjacentes do conflito ucraniano.
“Não é meramente a questão de acabar com a guerra. É antes de tudo a questão de tratar das causas da crise ucraniana. Então, temos de ver o que o acordo significa para o entendimento do presidente Trump”, afirmou.
O diplomata ainda completou, mencionando que, embora Trump não fosse responsável pelo que os Estados Unidos vêm fazendo na Ucrânia desde 2014, agora estava em suas mãos a possibilidade de interromper essa política, que ele qualificou como “maliciosa”.
O comércio bilateral entre os dois países nunca foi alto e as sanções aplicadas após a invasão da Ucrânia em 2022 reduziram ainda mais esse intercâmbio. Em 2024, o valor era de apenas US$ 3,2 bilhões, sendo que US$ 2,8 bilhões corresponderam a importações de combustíveis nucleares e fertilizantes da Rússia.