Associação fundada em 2022 incentiva atividades sociais e ambientais na Vila Sotemo. Edificação foi erguida com a antiga técnica chamada de pau-a-pique, que usa madeira e barro. Vivian Marques e Jéssica Menezes são as idealizadoras da Ameipas
Arquivo pessoal
A vontade de criança de “querer mudar o mundo” dos seus idealizadores, Vivian Marques e Jéssica Menezes, é o que fez surgir a Associação Municipal de Educação e Inclusão para Promoção da Autonomia e Sustentabilidade (Ameipas), em Itapetininga (SP).
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A proposta de sustentabilidade defendida pela entidade foi colocada em prática em 2022 começando pela construção da sua sede, usando somente madeira e barro, a partir de uma pequena edificação de alvenaria que foi ampliada com a antiga técnica chamada pau-a-pique. Ela emprega o uso de materiais biodegradáveis ao invés de blocos e cimento.
Ampliação da sede da entidade, em Itapetininga, utilizou a técnica de pau-a-pique
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“Foram dois anos para a conclusão da obra. Porém, durante esse período, tivemos diversas atividades, além de estreitarmos nosso relacionamento com os moradores”, conta Vivian Marques, de 32 anos,.
A presidente da entidade afirma que a escolha do local da sede, a Vila Sotemo, surgiu a partir de uma coincidência. “Quando entramos em contato com a prefeitura informando que tínhamos o recurso para construir uma sede e implementar um projeto ambiental, a prefeitura sugeriu esse local e nós ficamos muito contentes.”
“O terreno era incrível e o bairro foi extremamente acolhedor conosco. As crianças e jovens que moram no local ajudaram (a construir a sede) em etapas que eram mais seguras para eles participarem”, relembra.
Crianças e jovens puderam ajudar na construção da sede da entidade
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Espaço feito para a comunidade
Vivian descreve a Ameipas como “um espaço que cabe vários sonhos e conectado com às necessidades do mundo atual, reunindo cultura, sustentabilidade e coletividade/irmandade.”
Isto porque, depois que a construção saiu do papel, a Ameipas foi contemplada pela Lei Paulo Gustavo e adaptou internamente o espaço com equipamentos audiovisuais, oferecendo cinema gratuito para a comunidade.
Projeto contemplado pela Lei Aldir Blanc oferece sessões de cinema gratuitas
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“Participam, em média, 25 pessoas por sessão de cinema que oferecemos. É maravilhoso poder levar cultura e filmes brasileiros, foi um presente para nós. Fico muito feliz em ver a comunidade ocupando um espaço que foi feito para eles”, vibra Vivian.
Atividades socioambientais e culturais
O espaço também oferece oficinas e palestras que ensinam para a comunidade os cuidados com a natureza. Além disso, o local foi contemplado como Ponto de Cultura e vai poder ampliar as suas atividades.
“Vamos ter oficinas de música e arte, a partir de outro projeto contemplado pela Aldir Blanc, e fomos premiados como Ponto de Cultura. Então, vamos continuar com as sessões de cinema e queremos abrir as portas para atividades de lazer da comunidade”, diz Vivian.
Espaço foi construído a várias mãos e oferece atividades que ensinam os cuidados com a natureza
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Formada por seis membros, a associação conta com apoio de voluntários para funcionar e, por isso, ainda não possui dias fixos de funcionamento. Mas a ideia é que isso aconteça em breve.
“A gente abre as portas quando fazemos atividades, eventos, mas agora a gente tem um parquinho, uma área de lazer, então dá para a gente deixar aberto”, finaliza a presidente.
Para saber mais informações sobre a associação e acessar o calendário de atividades, é possível acessar o perfil da Ameipas em uma rede social, bem como consultar as formas de se voluntariar e os contatos para parcerias e doações.
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