Até 14h deste sábado (1º), o Corpo de Bombeiros atendeu mais de 185 chamados para enchentes, desabamentos e quedas de árvores. Em Diadema, Santo André e São Bernardo do Campo, bairros inteiros alagaram. Distrito do Jardim Pantanal, na Zona Leste de São Paulo, ficou alagado após chuva forte
Divulgação/Prefeitura de SP
O temporal se estendeu por toda a madrugada. O alerta de emergência chegou aos celulares pouco depois das 23h desta sexta-feira (31).
Em Diadema, Santo André e São Bernardo do Campo, bairros inteiros alagaram. Na Zona Norte da capital, um muro desabou, atingiu três casas e feriu duas pessoas.
“Umas 3h20, 4h, escutei o barulho. Eu acordei, dormi. Quando fui ver tinha acontecido, o muro inteiro desabou tudinho”, conta o ajudante geral Cristiano Santos.
Na Marginal Tietê, uma das principais vias expressas de São Paulo, alagamentos travaram o trânsito na manhã deste sábado (1º).
“Vi outro carro passando, já estava um pouco atrasado para o trabalho e decidi tentar seguir o cara. ‘Vou conseguir também’. Aí não consegui passar, o carro parou de vez. Nem no trabalho cheguei”, relembra o operador de guincho Geraldo Pereira.
Até 14h, o Corpo de Bombeiros atendeu mais de 185 chamados para enchentes, desabamentos e quedas de árvores. A chuva também inundou bairros da Zona Leste, como o Jardim Pantanal.
“Começou à 1h, até agora não parou. A situação que você vê é essa aqui”, lamenta o cozinheiro Jonilson Alves.
“É um absurdo! A gente fica revoltado com essa situação. Muito constrangedor, muito difícil mesmo, viu?”, revolta-se a vendedora Aline Sousa.
“Essa aqui já é a décima enchente. Nada muda, sempre isso aí”, reclama o aposentado Osiel Batista Santos.
Em Campo Limpo Paulista, na Grande São Paulo, um dos trens da Companhia Paulista descarrilou ao ser atingido por um deslizamento de terra. Ele estava sem passageiros, mas o maquinista ficou ferido.
Perto dali, Caieiras e Guarulhos também amanheceram com ruas alagadas.
Em Franco da Rocha, o Globocop flagrou o centro da cidade debaixo d’água, mais de 12 horas depois do início do temporal. Em algumas das principais ruas da cidade, vários carros estacionados estão submersos, inclusive as viaturas da delegacia de polícia da cidade, que também ficou debaixo d’água.
No Centro de Franco da Rocha, à tarde, parecia que a chuva ia parar, mas não. Ela voltou.
A Guarda Civil Municipal e voluntários ajudaram a resgatar moradores ilhados.
“Encheu bastante. Agora que tá dando uma abaixada e os meninos estão sem leite, porque não fez a compra, não deu tempo. Estão sem alimentos lá”, afirma a estudante Aysla Hell.
Quem ficou em casa pediu doação de alimentos. “Estamos aqui cansadas. Ninguém dormiu. Ainda bem que tem a casa da minha mãe. A gente subiu pra cá”, diz a cozinheira Jussara Neves.
Passando por uma rua onde socorristas ainda não haviam ido, a equipe do Jornal Nacional passou por uma casa e recebeu um pedido: “Queremos sair, ajuda; 7 pessoas, 3 animais”.
“A gente só quer sair, a gente está desesperado porque, se chover mais, a água vai subir, né? A gente não quer estar aqui pra ver”, diz a trancista Shildes.
Mais socorristas, além de voluntários, com um jet ski e outros barcos, chegaram para ajudar a retirada das sete pessoas e três animais da casa.
“Tudinho que tem ali dentro eu perdi. Perdi tudo, tudo, tudo”, lamenta a empregada doméstica Creusa do Carmo.
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