Um alerta de calor foi emitido na Austrália, para esse fim de semana, aumentando o risco de incêndios florestais. Autoridades do estado de Victoria, o segundo mais populoso do país, chegaram a proibir incêndios em várias áreas para tentar controlar a situação.
Os meteorologistas preveem que as temperaturas podem atingir até 45°C em algumas partes do estado, com a capital Melbourne enfrentando máximas de até 38°C.
Por outro lado…
Enquanto algumas regiões enfrentam calor extremo, outras vivenciam a sensação de estar no gelo, literalmente. Em Toronto, no Canadá, as temperaturas variam entre -14°C e -12°C. A máxima não ultrapassa os 7°C, enquanto a mínima chega a -2°C em Paris, França.
Istambul, na Turquia, por sua vez, tem uma variação de 6°C de mínima e 13°C de máxima.
E onde a temperatura está “normal”?
Se você for a Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, vai pegar uma temperatura máxima de 33°C, com mínima de 24°C, clima semelhante ao do Panamá, onde vai de 32°C a 24°C.
No Brasil, São Paulo enfrenta uma onda de chuva intensa, com temperaturas variando entre 19°C e 24°C. Em contraste, o Rio de Janeiro lida com temperaturas mais altas, com máximas de 35°C e mínimas de 23°C, refletindo a crescente instabilidade climática que afeta diferentes partes do mundo.
Estudos
Um estudo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences revelou um mapa global com as áreas mais afetadas por essas ondas de calor extremas, que aparecem como manchas vermelhas nos continentes, com exceção da Antártida.
Nos últimos anos, essas ondas de calor causaram sérios danos, resultando na morte de milhares de pessoas, na destruição de plantações e florestas, e em incêndios florestais devastadores.
Kai Kornhuber, autor principal do estudo e cientista adjunto do Observatório da Terra Lamont-Doherty da Columbia Climate School, explicou que essas ondas são o reflexo de tendências extremas causadas por interações físicas que ainda não compreendemos totalmente.
Segundo Kornhuber, essas regiões se tornam “estufas temporárias” durante os episódios de calor extremo. O estudo analisou ondas de calor dos últimos 65 anos, identificando áreas onde o calor extremo se intensifica muito mais rápido do que as temperaturas mais amenas. Esse aumento acelerado tem levado a recordes de temperatura quebrados de forma surpreendente.