RedNote: conheça o app chinês que está ganhando fãs nos EUA com o possível bloqueio do TikTok


Com vídeos curtos e uma loja on-line integrada, o RedNote conquistou 300 milhões de usuários e agora recebe americanos em busca de alternativas ao TikTok. RedNote
Anna KURTH / AFP
Usuários do TikTok nos Estados Unidos estão migrando para o aplicativo chinês Xiaohongshu, conhecido globalmente como RedNote, diante do possível bloqueio da plataforma, previsto para o próximo domingo (19) (veja abaixo as principais diferenças entre as redes).
Assim como o TikTok, o Xiaohongshu — cujo nome significa “Pequeno Livro Vermelho” em chinês — combina vídeos curtos com funcionalidades de comércio eletrônico.
O aplicativo ganhou popularidade na China e em outras regiões, como Malásia e Taiwan, acumulando cerca de 300 milhões de usuários.
A maioria dos usuários é composta por mulheres jovens que utilizam a plataforma como um mecanismo de busca para recomendações de produtos, viagens, restaurantes, além de tutoriais de maquiagem e cuidados com a pele, segundo a agência Associated Press.
O g1 verificou que o RedNote é atualmente o aplicativo mais baixado nos EUA tanto na App Store (iPhone) quanto na Play Store (Android).
Com o possível bloqueio do TikTok, a hashtag “TikTokRefugee” (“Refugiado TikTok”, em tradução livre) tinha mais de 100 milhões de visualizações no RedNote até a noite de terça-feira (14).
Principais diferenças entre TikTok e RedNote
RedNote à esquerda e TikTok à direita
Reprodução
As duas redes possuem visuais bastante semelhantes e, assim como no TikTok, não é necessário ter uma conta para assistir aos vídeos. O RedNote também permite curtir, comentar, salvar e compartilhar conteúdos.
Inicialmente chamado de “Guia de Compras de Hong Kong”, o Xiaohongshu tinha como público-alvo turistas chineses em busca de recomendações de produtos fora do continente.
A principal diferença entre ele e o TikTok é a organização da página inicial: no TikTok, ela é chamada de “For You” (“Para você”, em inglês), enquanto no RedNote, a primeira página exibida é “Explorar”, com conteúdos selecionados para o usuário. Já a versão da “For You” no RedNote é chamada de “Trends” e destaca os vídeos mais populares.
Os conteúdos também são bastante semelhantes, com vídeos curtos e foco no humor. No RedNote, há uma aba que organiza os temas das publicações, como moda, comida, cosméticos, viagens, jogos, dança, filmes, diversão, entre outros.
Vídeos recomendados e loja on-line do RedNote
Reprodução
A plataforma tem menos censura que outras, segundo a agência AFP. Ele é o lar de usuários que postam conteúdo LGBTQIA+ ou discutem aspectos positivos de mulheres solteiras, que geralmente são tópicos delicados na China.
Assim como muitos aplicativos chineses, o RedNote funciona como uma plataforma “tudo em um”. Diferentemente do TikTok, que se concentra exclusivamente no conteúdo, o RedNote ainda oferece uma loja on-line, onde é possível comprar diversos itens, desde roupas até móveis.
Chineses têm aprovado chegada dos americanos
Os usuários chineses do Xiaohongshu têm acolhido os novos usuários americanos, com alguns se oferecendo para ensiná-los chinês, segundo a Associated Press.
Outros compartilham dicas sobre como navegar na internet chinesa, alertando para evitar mencionar ou discutir temas politicamente sensíveis, que podem ser censurados.
Em alguns casos, os estudantes chineses pediram ajuda aos americanos com a lição de casa de inglês.
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Quem é o dono do RedNote
Ícones dos aplicativos Xiaohongshu e TikTok são vistos na tela de um smartphone.
AP / Andy Wong
Segundo a agência Reuters, o aplicativo foi cofundado por Miranda Qu, e pelo atual presidente, Charlwin Mao, CEO da empresa.
Charlwin Mao possui uma fortuna estimada em cerca de 18 bilhões de yuans (US$ 2,5 bilhões), enquanto Miranda Qu acumula 12 bilhões de yuans (US$ 1,6 bilhão), de acordo com a lista de ricos da Hurun, na China.
O RedNote é considerado uma potencial candidato a abrir capital na bolsa (IPO), segundo a Reuters. Entre seus acionistas estão os gigantes chineses da tecnologia Alibaba e Tencent, o investidor estatal de Cingapura Temasek, além de empresas de capital de risco como GSR Ventures, DST Global e GGV Capital.
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